A Depressão é uma doença capaz de acometer qualquer tipo de pessoa, mesmo as que se previnem, que são ricas, famosas, pobres ou que aparentam estar felizes. Ao longo deste livro deixarei alguns aspectos destacados sobre isso e mostrarei a importância de focarmos mais em adquirirmos fatores de proteção e não de "aparências" para nossas vidas. Fatores de proteção são situações que nos protegem.

           O que quero dizer com "aparências" seria a falsa impressão de achar que pessoas ricas são mais felizes, que famosos estão imunes à depressão e que dinheiro é a solução de tudo.

        A depressão não deve ser banalizada ou exposta de uma maneira que aterrorize ao leitor, esta não é minha intenção. Minha intenção é expor de maneira clara, direta e didática os aspectos que abrangem esse transtorno (doença), bem como a importância de se informar para melhor orientar-se.

       O que as pessoas deprimidas costumam ouvir por aí: “isso é frescura”, “coisa de gente fraca”, “falta de amor pela vida”, “falta de trabalhar”, “falta de limpar a casa”, “por que você não sai dessa?”. São frases comuns que a maioria dos que sofrem dessa doença ouvem diariamente, sendo que por dentro há uma dor, um sofrimento real e quase que inexplicável. Não é fácil sentir isso.

       A dor da Depressão parece uma dor sem volta que vai tomando todas as nossas forças. É tanta dor e sofrimento que ela aparenta nunca acabar; as atividades que mais gostamos parecem perder a cor, a vida parece perder todo o sentido e as esperanças aos poucos vão sumindo até parecer não restar mais caminhos para melhorar.

       Além disso, a manifestação da tristeza tornou-se um tabu e raros são os indivíduos dispostos a escutar uma pessoa triste, a ouvi-la de verdade. A falta de tempo é a resposta comum para a ausência de laços e de redes capazes de proporcionar acolhimento ao sujeito e sua tristeza.

       Sendo assim, a depressão não é uma tristeza, uma dor ou somente uma angústia, ela é uma doença e de forma alguma pode ser reduzida ou banalizada. Segundo o neurocientista Pedro Calabrez, o transtorno depressivo precisa ser visto com a mesma importância do que um câncer. Apesar de diferentes, ambas as doenças têm sua importância e merecem ser tratadas com a mesma intenção.   

 

        Logo, a depressão é dividida em unipolar e bipolar, ou seja, a unipolar é o transtorno depressivo maior e a bipolaridade seria o transtorno afetivo bipolar. Tanto a bipolaridade quanto a unipolar são depressão, porém as pessoas só conhecem a depressão maior por conta dos sintomas e porque é o transtorno mais divulgado por todos.

         A tristeza seria uma emoção natural do nosso corpo que reage a um estímulo, ou seja, ela serve para lhe impulsionar a pensar acerca de suas atitudes, relações e momentos da vida. É uma emoção que nos faz bem, em razão de que nos faz refletir acerca de nossos comportamentos. Agora, depressão é um termo emprestado da geografia que significa buraco, isto é, o próprio nome ilustra que a sensação de vazio é bem maior do que na tristeza, mais duradouro e que será capaz de trazer abundantes impasses na vida de quem sofre.

         Uma doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo da pessoa, o seu terreno biológico está doente, precisando de cuidados da saúde. O que todos precisam compreender é que a depressão não é uma coisa que temos ou algo que podemos tirar de dentro de nós, mas um processo complexo que afeta todo o nosso corpo.

        Por esse motivo, acarreta vários prejuízos ao organismo, como alteração no apetite, no sono, dores no corpo (sem explicações clínicas médicas), desregulação da química cerebral, afeta nossa libido e outros. Mas, espero que fique claro que o papel do profissional não é ir lá e retirar a "Depressão" de alguém ou passar um remédio que curará da noite para o dia.

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Abaixo, veja o meu vídeo e aprenda ainda sobre a ansiedade e me siga no YouTube depois.

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